Neste Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado em 02 de abril, o Defensor Público Federal André Naves, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social, destaca a necessidade de políticas públicas efetivas para garantir a inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A data, instituída pela ONU, visa promover a conscientização sobre o autismo e lutar pelos direitos das pessoas com TEA.
“É fundamental investir em políticas públicas de Estado que transcenda as mudanças de governo”, afirma o Defensor Público, que complementa: “Apesar dos avanços na legislação, como a inclusão da atenção aos autistas na Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência (PNSPD), é preciso que as leis e iniciativas governamentais saiam do papel e se traduzam em proteção e inclusão reais”.
Desafios na inclusão escolar
O diagnóstico precoce do autismo é fundamental para garantir o o a intervenções adequadas. Especialistas recomendam que pais, pediatras e escolas estejam atentos aos sinais de alerta. O tratamento do autismo é multidisciplinar e envolve neurologistas, psiquiatras infantis, pediatras, psicólogos e fonoaudiólogos.
Um dos principais desafios enfrentados pelas famílias de crianças autistas ainda é a inclusão escolar. Muitas escolas alegam falta de vagas ou de profissionais qualificados para atender às necessidades desses alunos. A boa notícia é que esse panorama vem mudando. Em 2023, o Censo Escolar registrou 636.202 matrículas de estudantes com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) no Brasil. Esse número representa um aumento de 48% em relação a 2022, quando foram 429.521 matrículas.
“É muito bom saber que cada vez mais crianças e adolescentes com TEA têm o à educação. No entanto, muito ainda precisa ser feito, especialmente em regiões mais carentes ou distantes dos grandes centros urbanos. A falta de conhecimento sobre o autismo é um dos principais obstáculos para a inclusão. Cada indivíduo é único, e a inclusão exige uma análise cuidadosa de cada caso. O autismo não tenha cura, mas há muita coisa que podemos fazer para melhorar a qualidade de vida das pessoas com TEA e suas famílias. A informação e a conscientização são ferramentas poderosas para combater o preconceito e promover maior inclusão“, afirma André Naves.
Curiosidades sobre o Autismo
- De acordo com o IBGE, são cerca de 2 milhões de brasileiros com TEA, o que corresponde a 1% da população. No entanto, este número pode ser maior.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem cerca de 70 milhões de pessoas com TEA no mundo. - A prevalência estimada por organismos internacionais é de 1 caso de TEA para cada 44 nascimentos.
- No Brasil, o autismo foi incluído no Censo Demográfico de 2020 por determinação da Lei n. 13.861, de 18 de julho de 2019.
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