O Instituto Cursando Art realizou, no dia 13 de maio, na Câmara Municipal de Nilópolis, um evento marcante dedicado à reflexão sobre as complexas heranças da escravidão no Brasil. Longe de uma simples celebração, a solenidade, que teve como tema “13 de maio – O fim da escravidão que se via – Início dos grilhões invisíveis”, promoveu um debate profundo sobre as persistentes desigualdades raciais e reconheceu o impacto de diversas personalidades negras que se destacam em diferentes esferas da sociedade.
O encontro reuniu figuras notáveis não apenas de Nilópolis, mas de diversas localidades, sublinhando a abrangência da luta por justiça e igualdade. A programação contou com uma emocionante apresentação de capoeira, que evocou a resistência ancestral, e culminou com homenagens significativas. Foram reconhecidos os relevantes trabalhos de uma Yalorixá, de professores dedicados à educação, de um advogado atuante na defesa de direitos, de vereadores engajados, de um empreendedor de sucesso e de uma enfermeira federal, entre outras lideranças negras que inspiram e transformam a realidade.

A condução do evento foi compartilhada de forma dinâmica e engajadora pelo presidente do Instituto Cursando Art, Wilson Soares, pelo vice-presidente, Fábio Júnior, e pelo coordenador Pastor Francisco. Juntos, eles guiaram as conduções e os reconhecimentos, criando um ambiente de diálogo e valorização das trajetórias homenageadas.
Um dos pontos altos da tarde foi a palestra enriquecedora do Professor Marcelo Teixeira, que trouxe uma análise perspicaz sobre as nuances históricas e contemporâneas do racismo estrutural, aprofundando a reflexão proposta pelo tema central do evento.
A iniciativa do Instituto Cursando Art demonstrou a urgência em manter viva a discussão sobre as consequências da escravidão e a importância de reconhecer e valorizar as contribuições da população negra para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. O evento em Nilópolis se consolidou como um espaço de fortalecimento, aprendizado e inspiração para a continuidade da luta contra os “grilhões invisíveis” que ainda persistem.

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