São engraçadas as reflexões que em adulto a gente faz sobre nossa infância, gostos e amores.
Hoje, 21 de agosto, a cidade que moro praticamente toda minha vida, completa 77 anos.
Vim com meus pais e avós paternos para Nilópolis com 9 meses. Sai daqui duas vezes para morar em outros lugares porém sempre retorno. É aqui neste pequeno município da Baixada Fluminense que enxergo como meu lar. Que criei raízes, que está minha Beija Flor, meus amigos de infância, minhas melhores e piores memórias desses quase 46 anos vívidos.
Recordo dos tempos do antigo primário,hoje ensino fundamental l, onde meu caráter cívico foi construído.
Minha escola que eu amava já não existe mais, a Escola Municipal José Luiz, mas ali aprendi tudo sobre a história deste lugar.
A velha Fazenda São Matheus, e o lugarejo Engenheiro Neiva já tomava formas de cidade e tem seu nome mudado para Nilópolis em homenagem ao Presidente Nilo Peçanha, que muitos benefícios trouxe para as terras.
E aprendamos Nilo= Nilo Peçanha Polis = cidade
Assim eram nas aulas a explicação do nosso nome.
A cidade tem uma importante avenida chamada Mirandela,que ganhou esse nome por causa do fundador da cidade João Alves Mirandela.
O hino da cidade confesso que esqueci, mas cantávamos sempre no hasteamento da bandeira pela manhã na escola juntamente com hino nacional ,o da bandeira e ainda tinha o da independência.
Desfilar 7 de setembro então era o acontecimento da Mirandela. A cidade parava e eu vivia meus momentos de glória mostrando ainda criança o quanto amava essa cidade.
Cresci, minha vida mudou muito. Da minha família morando aqui só restou eu e meu esposo.
Meus elos de ligação ao invés de se desfazer cada vez crescem mais. Ganham corpo. Até na política daqui me envolvi desde 2016.
Nilópolis é aquele tipo de lugar que ou você ama ou acha sem graça e, definitivamente eu amo , com todos defeitos e qualidades.
Conheço cada palmo disso aqui. Já andei a pé todas as extremidades da cidade. Conheço todos seus bairros.
Acho que é difícil uma cidade ter evoluído com progresso e permanecer ainda com gostinho de quintal da nossa casa.
E não é que eu e tantos outros ainda se sentem assim .
Nesses 77 anos de história vivi o calçamento das ruas, construção de shopping, parque de eventos,a criação do Gericinó, mil títulos da minha Deusa da arela, e hoje me sinto pronta para viver mais um capítulo dessa história como cidadã de coração nilopolitana.
Em meio a divagar sobre o antes do depois, o ado, presente e futuro, escolhi ser otimista sempre e seguir amando cada memória, cada dia e capítulo escrito neste lugar chamado Nilópolis, a minha casa, pra sempre o meu lar.
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